‘Masculinidade tóxica gera violência contra mulher’, diz Ismael dos Anjos
Especialista falou sobre masculinidade tóxica e seus impactos para a sociedade
O CNN Nosso Mundo desta sexta-feira (27) entrevistou o jornalista e fotógrafo Ismael dos Anjos, que falou sobre masculinidade tóxica e seus impactos para a sociedade.
Masculinidade tóxica gera violência contra mulher
O termo “masculinidade tóxica” apareceu nos anos 1980, oriundo de um debate acadêmico, para descrever como a pressão para serem violentos, destemidos e não demonstrarem sentimentos afeta a saúde mental dos homens.
A masculinidade tóxica contribui, diretamente, para o aumento nas taxas de suicídio, homicídio, vícios, acidentes de trânsito e doenças nos homens, segundo relatório da Organização Pan-Americana de Saúde.
O fator cultural acaba expandindo a diferença da expectativa de vida entre homens e mulheres, que vivem quase seis anos a mais do que eles, e a discriminação por idade, etnia, pobreza e a sexualidade são o complemento nefasto deste cenário.
Para Ismael dos Anjos, “masculinidade tóxica gera violência contra a mulher” e, por isso, é preciso “romper com o silêncio” e colocar estudos sobre “gênero e raça no currículo escolar” para que a sociedade reflita sobre estas questões.
Homens sentem dores e causam dores profundas
Ainda segundo o especialista, “devemos encarar a epidemia de violência contra mulher”, e também “precisamos de exemplos saudáveis sobre o ser homem” para que as novas gerações sigam uma postura diferente em relação à masculinidade.
Pais precisam validar os sentimentos
Ismael dos Anjos é mineiro, jornalista e fotógrafo. Cofundador do Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) e membro do Balaio de Pais, ele é também coordenador de um projeto que deu origem ao documentário “O silêncio dos homens”.
Ele foi entrevistado por Lia Bock, Glória Vanique e Rita Wu, e quem comandou a atração foi Luciana Barreto. O CNN Nosso Mundo é exibido às sextas-feiras, a partir das 22h30.
* Publicado por Daniel Fernandes
Matéria publicada originalmente pela CNN.
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